Pirâmide ESG de RSC: Análise da maturidade de Responsabilidade Social Corporativa e adoção de temáticas ESG por empresas mineradoras de rochas ornamentais
ESG
Responsabilidade social corporativa
Valor Compartilhado
Área
Gestão Socioambiental
Tema
Estratégias ESG e Sustentabilidade Corporativa
Autores
Nome
1 - Silvia Ferraz Nogueira De Tommaso Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo - FEA - Cidade universitária
2 - Viviane Bezerra Menezes Penhalbel Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo - FEA - FEA/USP São Paulo
3 - Adriana Aparecida Frantz Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo - FEA - São Paulo
4 - Isak Kruglianskas Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo - FEA - Administração
Reumo
Empresas buscam estratégias de eficiência operacional ressignificando a produtividade na cadeia de valor. Práticas que diminuam o uso de recursos naturais, deem um uso eficiente aos resíduos e respeite o capital humano tem sido pontos de constante debates. Entender o grau de maturidade das organizações em relação às suas práticas de responsabilidade social corporativa é um grande desafio para acadêmicos e executivos. A Pirâmide de RSC (Carroll ,1979) é considerada uma ferramenta importante para identificar o grau de maturidade das práticas sociais, ambientais e econômicas da empresa.
Esta pesquisa tem por objetivo identificar o grau de maturidade de RSC e práticas de ESG de empresas brasileiras mineradoras de rochas ornamentais utilizando a Pirâmide de RSC de Carroll (1979).
A publicação de Andrew Carroll (2021) reforça a importância do debate sobre responsabilidade social corporativa como estratégia da organização no enfrentamento dos desafios do século XXI. Os conceitos de estrategia, e gestão para stakeholders fundamental a pesquisa empírica . A Pirâmide RSC continua sendo uma ferramenta para verificar o grau de matruridade da organização em relação as RSC. Entretanto, a pirâmide não contempla as responsabilidade de governança. A temática ESG abre espaço para uma revisão sobre governaça enquanto responsabilidade .
A pesquisa é aplicada de abordagem qualitativa. O método escolhido é o estudo de casos múltiplos (YIN,2005) com dados coletados a partir de entrevistas em profundidade e análises de conteúdo. O modelo da Pirâmide de RSC de Carroll (1979) foi aplicado para identificar o grau de maturidade de RSC das empresas investigadas.
Três importantes resultados foram encontrados: (a) as legislações brasileiras de meio ambiente e trabalhistas são os principais gatilhos para adoção de práticas socioambientais por essas empresas; (b) as empresas encontram-se em níveis diferentes de maturidade, apesar de semelhanças de tempo de empresa e configuração de liderança. Essas divergências foram explicadas principalmente pela diferença de estrutura e mecanismos de governança. (c) evidenciou-se a necessidade de acrescentarmos na base da Pirâmide de RSC de Carroll, as responsabilidades de Governança.
Sugerimos a inserção das responsabilidades de governança na base da Pirâmide de Carroll por identificar que os mecanismos de governança estruturados, podem ser o gatilho para que as organizações adquiram processos transparentes e monitorados para aumentar seu grau de maturidade nas práticas de responsabilidade social corporativa. As práticas socioambientais e de governança ainda não se apresentam como um valor de vantagem competitiva no setor de rochas ornamentais brasileiro.
CARROLL, A. B. (2021). Corporate Social Responsibility: Perspectives on the CSR Construct’s Development and Future. Business & Society,1–21. Sage pub.com/journals-permissions
CARROLL, A. B. (1979). A three-dimensional conceptual model of corporate social performance. Academy of Management Review, 4, 497–505.
FREEMAN, R.E. et al. (2021). Stakeholder theory and the resource-based view of the firm. Journal of Management, p.0149206321993576
PORTER, M. e VAN DER LINDE, C. (1995). Toward a new conception of the environment-competitiveness relationship. Journal of economic perspectives, 9(4), pp.97-