1 - Carla Cristina Dutra Burigo UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA (UFSC) - Programa de Pós-Graduação em Administração Universitária
2 - Marco Antonio Schneider UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA (UFSC) - Pró-Reitoria de Desenvolvimento e Gestão de Pessoas
3 - Monica Feitosa de Carvalho Pedrozo Gonçalves FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA (UDESC) - Esag
Reumo
Este artigo objetiva refletir sobre as ações formativas potencializadas aos gestores da Universidade Federal de Santa Catarina, com vistas a atender a nova realidade de gestão diante das ações concernentes a Pandemia. Trata-se de uma pesquisa descritiva, de abordagem qualitativa, realizada por meio de pesquisa bibliográfica e documental. Como fenômeno de investigação, realizamos o estudo junto a UFSC, por meio das ações formativas da Escola de Gestores, no período da Pandemia. A Escola de Gestores é um Programa de Capacitação que visa a potencialização e formação dos gestores de universidades.
Problema de pesquisa: Como se constituem as ações formativas potencializadas aos gestores da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), com vistas a atender a nova realidade de gestão diante das ações concernentes a Pandemia da COVID-19?
Objetivo: refletir sobre as ações formativas potencializadas aos gestores da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), com vistas a atender a nova realidade de gestão diante das ações concernentes a Pandemia da COVID-19.
Como instituição social (CHAUI, 2003), a universidade se mantém, apesar das crises passageiras ou prolongadas vivenciadas durante a sua história, como a que atravessamos com a Pandemia da COVID-19. As universidades, ao exercerem um importante papel na comunidade em que estão colocadas, são fundamentais para o desenvolvimento da sociedade, mediante a produção, transmissão e aplicação do conhecimento e que “[...] tem em sua complexidade e gestão dois de seus maiores desafios” (MEYER JUNIOR, 2014, p. 13).
A partir dos dados apresentados é possível inferir que houve uma preocupação institucional com a formação do gestor, com sua saúde mental e com o contexto do processo de tomada de decisão. O levantamento documental evidenciou ainda que a atuação da área de gestão de pessoas, em suas diversas áreas de competência, foi essencialmente exigida. As políticas públicas nacionais à medida que buscavam adaptar-se à nova realidade imposta pela Pandemia, recaiam seus efeitos no desenvolvimento das políticas institucionais, interferindo diretamente nas atividades de gestão.
A Pandemia nos fez acreditar e materializar que a gestão universitária se fundamenta e se estrutura por meio do processo da formação, pois o olhar do gestor, sua visão de universidade e de sociedade, fez com que transformássemos nossas posturas, nosso modo de agir e de pensar. Viver o processo da gestão universitária, no contexto da Pandemia, foi desafiar o lógico. A Escola de Gestores foi muito importante neste contexto, mas não é o único caminho formativo do gestor. Ela tem uma responsabilidade institucional, que necessita ser potencializada e fortalecida no âmbito da Instituição.
BAUMAN, Zygmunt. Capitalismo parasitário. Rio de Janeiro: Zahar, 2010.
CHAUÍ, Marilena de Souza. A universidade pública sob nova perspectiva. Revista Brasileira de Educação, Rio de Janeiro, n. 24, p. 5-15, set./dez. 2003.
HASKINS, Charles Homer. A ascensão das universidades. Santa Catarina: Danúbio, 2015.
MEYER JUNIOR, Victor. A prática da administração universitária: contribuições para a teoria. Universidade em Debate, Curitiba, v. 2, n. 1, p. 12-26, jan./dez. 2014. Anual.
SANTOS, Boaventura de Sousa. A cruel pedagogia do vírus. Coimbra: Almedina, 2020.