Resumo

Título do Artigo

VALORES HUMANOS: um estudo com enfermeiros(as), jovens e experientes, durante a Pandemia de COVID-19
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Palavras Chave

Valores Humanos ou Pessoais
Gerações
Enfermeiros(as)

Área

Gestão de Pessoas

Tema

Valores, Sentidos e Vínculos no/do trabalho

Autores

Nome
1 - Kely César Martins de Paiva
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS (UFMG) - CEPEAD
2 - Jefferson Rodrigues Pereira
Centro Universitário Unihorizontes - MG - Barro Preto
3 - Michelle Regina Santana Dutra
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO (UFMT) - Faculdade de Administração e Economia
4 - Gabriel Fernandes Faria
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS (UFMG) - FACE - Faculdade de Ciências Econômicas

Reumo

Diante da situação-problema descrita, que inclui a importância dos valores humanos ou pessoais no contexto organizacional, as especificidades da categoria profissional abordada e as diferenças geracionais, o objetivo geral da pesquisa foi analisar como se encontram configurados os valores pessoais de enfermeiros(as), considerando-se as referidas diferenças, no contexto da Pandemia de COVID-19. identificou-se o perfil dos participantes; verificou-se a validação da escala, para cada grupo observado (total, experientes, jovens); e apresentou-se os valores humanos ou pessoais de cada um grupo.
O problema de pesquisa encontra-se na conjunção de quatro elementos, a saber: (1) os valores humanos ou pessoais, sua potencialidade como balizador de comportamentos e suas interfaces com o contexto organizacional; (2) as especificidades da categoria profissional dos(as) enfermeiros(as), subvalorização e precarização, (3) potencializadas pela Pandemia de COVID-19 no país, em especial em Manaus (AM); e (4) as diferenças geracionais apontadas pela literatura, que sinalizam valores, atitudes e comportamentos peculiares entre sujeitos de gerações distintas.
A fundamentação teórica do artigo partiu de conceitos de valores humanos ou pessoais, enquanto elementos que hierarquizam concepções de realidade e desejos que formam bases dos comportamentos individuais, influenciados por contextos familiares, sociais, culturais, geracionais e profissionais. O modelo de partida para a pesquisa empírica e análise dos dados foi o de Sagiv e Schwartz (2022) e Torres, Schwartz e Nascimento (2016). Seguiram-se aspectos inerentes à profissão de enfermagem. Finalizou-se com conceitos referentes às gerações (Oliveira, Piccinini, & Bitencourt, 2012).
Pesquisa aprovada por Comitê de Ética em Pesquisa (CAAE 46255521.1.0000.5020, parecer no. 4.710.982), de caráter descritivo-quantitativa. Para coleta de dados, aplicou-se um questionário com questões sociodemográficas e profissionais e com a Escala de Valores Humanos no Trabalho, de Torres, Schwartz e Nascimento (2016). Obteve-se 486 questionários válidos, sendo 141 de enfermeiros(as) Jovens e 345 de enfermeiros(as) Experientes. Os dados foram submetidos a análise fatorial exploratória estatística multivariada) e, depois, foram calculadas medidas descritivas (estatística univariada).
Os perfis da amostra e das subamostras foram descritos. A análise fatorial exploratória resultou em três valores (Poder e Realização; Obediência e Segurança; Liberdade e Novidade) concentrados em três pólos (Auto Aprimoramento, Conservação e Abertura à Mudança, respectivamente), para a amostra e as subamostras, apontando que os valores identificados são mais próximos que distantes. Isso contraria a literatura de gerações e fortalece as perspectivas culturais que focalizam outras dimensões da vida individual e coletiva, como é o caso da formação e do exercício profissional.
Os resultados contrariam a literatura de gerações e fortalecem as perspectivas culturais que focalizam outras dimensões da vida individual e coletiva, como é o caso da formação e do exercício profissional. O pólo Autotranscendência curiosamente ficou de fora das bases comportamentais dos(as) pesquisados(as), o que se choca com a essência do trabalho de enfermagem. O contexto da Pandemia de COVID-19 pode ter alguma influência sobre esse achado, o que merece ser investigado futuramente. Outras conclusões e as limitações da pesquisa implicaram na proposição de uma agenda robusta de pesquisas.
Oliveira, S.R., Piccinini, V.C., & Bitencourt, B. M.(2012). Juventudes, gerações e trabalho: é possível falar em geração Y no Brasil? Organizações & Sociedade, 19(62), 551-558. Sagiv, L., & Schwartz, S.H.(2022). Personal Values Across Cultures. Annual Review of Psychology, 73, 517-546. Torres, C.V., Schwartz, S.H., & Nascimento, T.G.(2016). A Teoria de Valores Refinada: associações com comportamento e evidências de validade discriminante e preditiva. Psicologia USP, 27(2), 341-356.